Natasha Bedingfield faz show tímido, enche setlist de covers e só anima público com hit final
13/09/2025
(Foto: Reprodução) Natasha Bedingfield canta trecho de Running Up That Hill, cover de Kate Bush
Natasha Bedingfield foi a única artista internacional a abrir o palco Skyline neste The Town. Ela sequer é a Natasha mais famosa do festival. Ficou com um honroso segundo lugar, atrás daquela que tinha 17 anos e fugiu de casa.
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Estreante no Brasil, a cantora britânica de 43 anos fez o que dela se esperava: um show tímido com versos de sílabas alongadas, muitos covers de outros artistas e seu maior hit no final.
Lançada em 2004, “Unwritten” embalou séries de TV e comerciais. Natasha tinha 22 anos quando gravou a música, que fala da busca por liberdade e autenticidade: a ideia de que a vida é uma página em branco a ser rabiscada.
Natasha Bedingfield no quarto dia de The Town
Leo Franco / AgNews
No momento mais marcante da comédia romântica Todos Menos Você, essa balada emotiva selou a conexão entre Bea (Sydney Sweeney) e Ben (Glen Powell). O filme, lançado no Brasil em 2024, trouxe novo fôlego à carreira. A canção, já favorita nos shows, ganhou força.
Não foi a primeira vez que ela teve uma música de destaque em um filme. “Pocketful of Sunshine”, segunda canção cantada no The Town, foi incluída em “A Mentira”, formidável comédia com Emma Stone.
Depois do auge com essas duas faixas, Natasha Bedingfield seguiu uma carreira discreta, lançando três álbuns entre 2007 e 2019. Também compôs para outros artistas, como The Corrs e Nicki Minaj. Sua colaboração mais frequente, porém, foi com a igreja Hillsong, escrevendo oito canções para álbuns do projeto nos anos 2000.
Natasha Bedingfield canta versão de 'Birds of feather' de Billie Eilish
Natasha Bedingfield no quarto dia de The Town
Agnews
Natasha Bedingfield canta trecho de 'Lose Yourself', cover de Eminem
No The Town, essas faixas não apareceram. Em vez de destacar pérolas menos conhecidas de seu repertório, como a divertida e dançante “I wanna have your babies”, encheu o setlist de covers. Cantou trechos de “Running Up That Hill” (Kate Bush) e “Lose Yourself” (Eminem), além de uma versão correta de “Glory Box”, do grupo inglês de trip hop Portishead.
Simpática, ela teve tempo para falar sobre as outras cantoras deste sábado. “Vocês estão animados para o show da Jessie J”, perguntou, lá pelo meio da apresentação. “Não estaria aqui se não existisse Mariah Carey”, comentou, lembrando que costumava cantar com a irmã, quando era mais nova, canções da diva.
Outras vozes femininas foram lembradas no repertório, como Chaka Khan (“I’m Every Woman”) e Billie Eilish (“Birds of a Feather”. “Quero ouvir as vozes de vocês, mesmo sabendo que está tão cedo”, ela disse pouco depois, com certo nervosismo. Puxou um coro, mas quase ninguém respondeu. Por sorte, o show já se encaminhava para o final.
Cartela resenha crítica g1
Arte/g1
