Paes critica eventual flexibilização do limite de voos no Santos Dumont
21/12/2025
(Foto: Reprodução) Saguão do Aeroporto Santos Dumont
Rafael Nascimento / g1 Rio
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), criticou neste domingo (21) uma possível flexibilização das regras que limitam o número de voos no Aeroporto Santos Dumont.
Segundo blog do jornalista Ancelmo Gois, do Jornal O Globo, a Agência Nacional de Avião Civil (Anac) se reuniu com companhias aéreas para discutir um aumento do teto no número de passageiros no terminal, que fica no Centro do Rio.
Esse teto existe desde outubro de 2023, e levou ao aumento da utilização do Aeroporto do Galão, na Zona Norte da Cidade. A baixa utilização chegou a levar a concessionária, RIOGaleão, propor a devolução da concessão. Com a limitação no Santos Dumont, o número de passageiros saltou quase 50% no 1º trimestre de 2025 (leia mais abaixo).
Em uma postagem no X, Paes afirmou que "forças ocultas estão se movimentando na anac para alterar a política bem sucedida" que restringe voos no Santos Dumont.
O prefeito do Rio citou um despacho da Anac de sexta-feira (18), encaminhado à Superintendência de Acompanhamento de Serviços Aéreos, que trata "da implementação do regime de transição das restrições operacionais do Aeroporto Santos Dumont (SBRJ)".
A agência foi procurada pela reportagem do g1, mas não se manifestou até a última atualização desta reportagem.
Em outra postagem, o prefeito do Rio afirmou que a Latam era "uma das forças ocultas que opera nas trevas contra o Rio".
Procurada, a companhia informou que responderia ao longo da semana.
Veja os vídeos que estão em alta no g1
Retomada do Galeão
O prefeito afirma que a política de restrição de voos no Santos Dumont foi fundamental para a retomada do Galeão nos últimos dois anos.
Paes citou dados que apontam crescimento no número de passageiros, de cerca de 8 milhões em 2023 para 17 milhões em 2025, além do aumento de turistas internacionais, que teriam superado a marca de 2 milhões neste ano.
Paes classificou a iniciativa como “um absurdo” e afirmou que a medida atende a “interesses no mínimo estranhos”.
Ao final do post, Eduardo Paes disse confiar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, não permitirão mudanças que, segundo ele, coloquem em risco a recuperação do Galeão, considerado estratégico para o desenvolvimento do Rio de Janeiro e do país.